sábado, 3 de março de 2012

Operadoras lutam contra serviços de mensagens gratuitas




Na maior feira mundial de telefonia móvel, o Mobile World Congress, que terminou nesta quinta-feira em Barcelona, os executivos das grandes empresas do ramo não puderam deixar de prestar atenção na Pinger, uma pequena empresa da Califórnia que oferece um serviço de mensagens de texto gratuitas nos Estados Unidos e Alemanha e tem planos de expansão global.
A Pinger - junto com uma explosão de serviço de mensagens gratuitas em smartphones como iMessage, BlackBerry Messenger, WhatsApp e Facebook Messenger - conquistou em poucos anos a receita das operadoras recebem pelos SMS, e analistas dizem que não há um fim a vista. Essas empresas oferecem aplicativos de mensagens que permitem que os usuários conversem gratuitamente usando a rede das empresas ou Wi-Fi. Algumas, como a Pinger, ganham dinheiro com publicidade.
A empresa de pesquisa Ovum, com sede em Londres, calcula que as companhias telefônicas perderam, no ano passado, quase US$ 14 milhões da receita em mensagens de texto por causa desses aplicativos. A Ovum afirma que as companhias tiveram, de qualquer forma, ganhos de US$ 153 milhões, mas o número significa 9% a menos que em 2010, e o cofundador da Pinger, Joe Stipher, quer reduzir esse valor ainda mais.
"A mensagem de texto é gratuita e as chamadas serão gratuitas", afirmou. As operadoras não estão nada felizes com a enxurrada de serviços de mensagens gratuita que circulam por suas redes. O executivo Franco Bernabe, da Telecom Italia SpA, disse no MWC que esses serviços comprometem a capacidade das companhias telefônicas de investir em suas redes.
Os novos operadores "têm baseado sua inovação no domínio dos telefones móveis, sem uma compreensão completa do escopo técnico complexo da nossa indústria. Isso cria problemas para aumentar significativamente o serviço global oferecido aos usuários", afirmou Bernabe.
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